Durante a cerimônia de abertura do 65° Fórum Nacional Confap, que ocorre entre 23 e 27, deste mês, no Rio de Janeiro, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Celso Pansera, anunciou o investimento de R$ 124 milhões na terceira edição do Programa Centelha, quase o dobro do valor da edição anterior. O evento que reúne presidentes, equipes técnicas e demais representantes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), discutiu desafios e oportunidades para avanços no fomento à pesquisa e o diálogo com entidades e agências federais e internacionais de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação.
Contudo, o Centelha III tem por objetivo a geração de novas empresas de base tecnológica de inovações que sejam de interesse empresarial e social e a formação da cultura do empreendedorismo inovador, para fortalecer os ecossistemas de inovação do País.
“Já aprovamos o edital de R$ 124 milhões para este programa que é um dos principais pontos de intersecção entre a ação da Finep e do MCTI e as FAPs. Em breve vou visitar alguns estados para fazer o lançamento do Tecnova III também. Faço questão de sempre interagir com as FAPs diante da importância que tem o Confap e as fundações para o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação e dando capilaridade para a ciência brasileira”, afirmou o presidente da Finep.
O presidente do Confap, Odir Dellagostin, ainda ressaltou a importância do Fórum para promover a sinergia entre as Fundações. “As FAPs desempenham um papel crucial no Sistema Nacional de CT&I ao financiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, promovendo o avanço científico e tecnológico no Brasil. Atualmente, elas contribuem com aproximadamente um terço do fomento à pesquisa no País. Também facilitam a interação entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo, impulsionando a aplicação prática do conhecimento científico”, destacou.
Na programação desta terça-feira também foram assinados os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) do Programa de Redução de Assimetrias da Pós-Graduação entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.
O programa visa contribuir para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), reduzindo as assimetrias de qualidade na pós-graduação, por meio da formação de recursos humanos de alto nível, da qualificação do corpo docente das Instituições de Ensino Superior, melhoria da infraestrutura acadêmico-científica da pós-graduação e do aproveitamento das vocações e potencialidades identificadas nos PPGs stricto sensu acadêmicos, que obtiveram nota 3 (três) nos últimos 3 (três) ciclos avaliativos coordenados pela CAPES (2013-2017-2021).
O espaço aberto para as fundações exporem suas demandas foi enfatizado pelo presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig. “As discussões conjuntas entre as fundações e as agências federais são muito importantes. Está sendo dado um espaço para nós colocarmos nossas demandas, mas é preciso ter uma permanência efetiva de representantes do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Durante sua a gestão, o ministro Paulo Alvin participou de todos os Fóruns do Confap e levava os presidentes das agências federais. Esta atenção deveria permanecer”, afirmou.
Além dos presidentes das FAPs e do presidente da Finep, participaram do primeiro dia de evento representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), do Instinto Serrapilheira.
Fonte: Fundação Araucária
Imagens: Kennedy Barros/ Divulgação Confap