Mostra discute análise de risco da raiva na Amazônia brasileira

Com enfoque especial nas comunidades indígenas de Roraima, foi discutido na última sexta-feira, 16, no auditório do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Roraima (UFRR), os avanços de um estudo em andamento sobre a incidência da raiva na Amazônia. A Mostra da Pesquisa: Análise de Risco da Raiva na Amazônia Brasileira, foi promovida pelo Governo do Estado de Roraima, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima (Faperr), em conjunto com a UERR e UFRR, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o projeto Saúde Única-AMZ BR.

O projeto Saúde Única-AMZ BR, adotando a abordagem One Health, implementa ações de captura de morcegos para coleta de material biológico em ilhas do município de Curaçá – PA, objetivando a análise do risco de transmissão de raiva e outras doenças provenientes da mordida por morcegos. A equipe desenvolve estratégias com a participação de instituições de saúde e meio ambiente, além de setores da sociedade civil, visando enfrentar essa problemática, promovendo, assim, a integração entre ciência e gestão pública.

Vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Complexo da Saúde e o Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena (DAPSI) do Ministério da Saúde (Decit/SECTICS/MS), foram exploradas as belezas e desafios do trabalho em campo na pesquisa científica, por intermédio das professoras Isis Abel Bezerra (EpiGeo/UFPA), Lilian Silva Catenacci (UFPI) e Valíria Duarte Cerqueira (UFPA), que coordenaram e exibiram seus trabalhos aos pesquisadores de Roraima, UFPA e UFPI.

Ademais, estiveram presentes representantes da região 9 da Guyana, o Governador Bryan Allicock, Dr. Darren Halley, veterinário e Secretário de Agricultura, Sr. Carlos Rahaman, veterinário, Agente de extensão pecuária e Dr. Andray Pearson, veterinário do Departamento de Agricultura. Além de instituições como Aderr, Iater, DSEI Yanomami, Funasa, Sepi, Sesau, Embrapa, COSEMS-RR, CGVS, Universidade Estadual de Roraima (UERR), Universidade da Amazônia (UNAMA) e Centro Universitário Estácio da Amazônia.

Planejamento e ação

Através de salas temáticas e exposição de fotos e artefatos usados nas pesquisas, os palestrastes e convidados contribuíram com ideias e pautas construtivas diante da recorrente e negligenciada questão das mordeduras de morcegos, tanto em humanos quanto em animais, principalmente em comunidades tradicionais, o que se faz necessário entender a dinâmica deste agravo.

Exposição de fotos da pesquisa

A mostra fotográfica presente no espaço, retratou o trabalho de campo dos pesquisadores, em colaboração com pescadores locais, na coleta de espécimes de morcegos utilizando diferentes técnicas de captura para pesquisa. As imagens destacam a beleza da região de Curaçá e sua rica biodiversidade, em contraste com a atividade de pesca e esforço dos pesquisadores.

O Diretor Administrativo Financeiro, Beethoven Barbosa, expressa sua satisfação reforçando a presença dos especialistas ao redor do Brasil, especialmente do Piauí e Pará, e o desenvolvimento deste projeto sobre a doença da raiva em populações vulneráveis.

“Por meio do apoio essencial de diversas instituições, entidades locais, regionais e nacionais tomaram conhecimento do trabalho que está sendo realizado. Vale destacar a presença dos representantes da Guyana e um desenvolvimento futuro e mais amplo sobre o que foi discutido.” Contou.

Ele ainda ressalta os planos provenientes das discussões, como plano de vacinação, plano de controle, plano de contingenciamento e uma série de outras atividades necessárias para a melhoria da saúde local.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima, por sua vez, atua como agência de desenvolvimento e possui o compromisso com a pesquisa e resultados na área da saúde.

Por: Isabella Fernandes

Fotos: Isabella Fernandes

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